O bom momento dos sites de streaming de música no Brasil atraiu mais um
gigante do setor: o Deezer, empresa francesa com 26 milhões de usuários
no mundo, abriu escritório em SP e estreou o serviço no final de
janeiro.
Ele trouxe ao Brasil um vasto catálogo: são 20 milhões de canções de
artistas nacionais e estrangeiros -resultado de acordos com as cinco
grandes gravadoras do país (Sony, Universal, Warner, EMI e Som Livre) e
contratos com cerca de 2.000 produtoras independentes.
"As nossas expectativas para o mercado brasileiro são as melhores
possíveis. Além do grande potencial de consumo que o Brasil apresenta
como forte emergente, os brasileiros apresentam uma musicalidade única
no mundo, são apaixonados por música", diz Mathieu Le Roux, diretor
geral do Deezer para América Latina.
"Junto a esses fatores, temos a nosso favor o perfil conectado dos brasileiros", completa o executivo.
Segundo a empresa, 100 mil usuários se cadastraram na primeira semana do Deezer no Brasil.
O próximo desafio é transformá-los em assinantes dos planos que variam
de R$ 8,90 a R$ 14,90 por mês. No mundo, o serviço tem 3 milhões de
assinantes.
Para isso, a empresa se escora em elementos vistos em outros serviços de streaming.
O acervo, por exemplo, é bem parecido com o do Rdio, um dos principais concorrentes do Deezer no Brasil.
Dificilmente a busca por algum artista se mostra infrutífera -ainda que
buracos nas discografias de alguns artistas possam existir.
A interface apresenta um tocador de música simples e grande, localizado
no topo da página, enquanto a parte central serve para mostrar fotos
grandes de capas de discos.
Já o sistema para descobrir novos sons tem características de rede social -algo que existe no Grooveshark.
Já o sistema para descobrir novos sons tem características de rede social -algo que existe no Grooveshark.
Por fim, a empresa oferece apps para dispositivos móveis, mas apenas para o assinante do plano mais caro.
STREAMING NO BRASIL
O cenário é favorável a empresas como o Deezer. Segundo a consultoria
Strategy Analytics, 30% da receita gerada por música gravada (shows não
contam) no Brasil vem dos meios digitais -música consumida em PCs e
dispositivos móveis.
A receita daquilo que é consumido em computadores tradicionais é
dividida entre download, assinaturas de serviços por streaming e
publicidade em sites gratuitos de streaming.
As assinaturas geraram US$ 29,53 milhões em 2012 -alta de 15% em relação a 2011.
As assinaturas geraram US$ 29,53 milhões em 2012 -alta de 15% em relação a 2011.
Os downloads renderam US$ 3,44 milhões -alta de 121% em comparação com
2011 (crescimento pode estar ligado à chegada do iTunes ao país). A
publicidade gerou US$ 1,5 milhão em 2012 -aumento de 400% em um ano.
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