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quarta-feira, 10 de abril de 2013

Indústria diz que smartphones não ficarão tão baratos

Abinee revisa previsão do governo e calcula redução de apenas 7% no preço final dos aparelhos.

Smartphones
O governo aprovou nesta terça-feira, 9, o decreto de desoneração de PIS/Cofins para smartphones fabricados no Brasil e informou que a medida poderia reduzir até 30% no preço final dos aparelhos. No entanto, a Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica) estima que a redução ficará na faixa dos 7%.

Em entrevista ao UOL Tecnologia, o presidente da associação afirmou que o valor de redução apresentado pelo governo é irreal, já que os impostos desonerados somam apenas 9,25%. “Estamos considerando uma redução de 7%, que é um número razoável. Qualquer valor acima disso eu acho um pouco absurdo”, comentou.

A assessoria de imprensa do Ministério de Comunicações confirma a possibilidade de redução de até 30% nos preços. Essa porcentagem é citada para comparar uma possível diferença de valores cobrados entre os aparelhos produzidos no Brasil e modelos importados, que pagam IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados).

A Abinee ainda estima que os smartphones responderão por 44% das vendas de telefones móveis no Brasil em 2013 e aparelhos mais simples 56%.  Caso os números estejam corretos, serão vendidos 29 milhões de celulares inteligentes, contra 16 milhões do ano passado. Segundo o Ministério das Comunicações, cerca de 65 milhões de pessoas usam smartphones no Brasil.

As principais fabricantes com operação no país foram procurados pela reportagem, mas não disseram quais de seus aparelhos poderão se encaixar no benefício. O Olhar Digital apurou anteriormente que apenas um smartphone 4G se encaixa no corte de impostos. (saiba mais aqui)

O decreto entra em vigor na data da publicação, mas ainda não há informações de quando esse desconto chegará efetivamente aos consumidores. À Folha de S.Paulo o ministro Paulo Bernardo deu como prazo o Dia das Mães.

Decreto

O incentivo ao setor faz parte do Programa de Inclusão Digital. No entanto, para garantir o benefício, o valor de venda dos aparelhos não poderá exceder R$ 1,5 mil. A desoneração também inclui roteadores digitais com preços de até R$ 150.

O decreto ainda prevê as características técnicas que o celular deverá ter para ser considerado um smartphone. Segundo o ministério, o celular precisa de conectividade Wi-Fi, navegador, email, tela igual ou superior a 18 centímetros quadrados, aplicativos desenvolvidos no país e kit de desenvolvimento do sistema operacional.

O governo acrescentou que poderá no ato estabelecer valores inferiores ao previsto, "a depender dos requisitos técnicos estabelecidos".

Fonte: http://olhardigital.uol.com.br/negocios/digital_news/noticias/industria-diz-que-smartphones-nao-ficarao-tao-baratos

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